FILOSOFANDO

"A mesma intolerância que, hoje, nos faz "sangrar", é aquela que, amanhã, os fará chorar".

DESPERTAI

Muitos, desde sempre, são senhores do nada

Carpinteiros da indiferença e do pó

Do amor falado que não se pratica

Que se pronuncia e não se acolhe,

E que sem se acolher não se planta...

Por que a semente se perde...

E repousa sobre a pedra!

Onde não há flores, nem frutos,

Só falta de compaixão

Por parte dos hipócritas e brutos.

Por que a verdade não lhes pertence...

Senão a DEUS!!!

Que amou a todos...

E ordenou que amássemos uns aos outros

Como Ele, há tanto, nos tem amado!

E o que se tem feito acerca disto?

Senão amado os seus iguais?!

E aplicado a sabedoria das escrituras sagradas

A serviço de interesses?!

Diga-se, que não todos, mas alguns.

O que foi feito do “quem não é contra nós é por nós”?

Senão jogado ao vento...

Dito e não praticado?!!

É triste, mas só apontam-se dedos

Sem se ter poder para tanto.

Que nunca se duvide da misericórdia de Deus...

Que tudo pode fazer e transformar!!!

É fácil pintar a bela face e sorrir

Colorir os seus iguais...

O difícil é esconder a tristeza

Pintar com amor o que é diferente

Saudar a justiça, salvar almas.

Verdade... verdade... verdade!

Que só a Deus pertence!!!

É preciso ler com sabedoria

Ouvir com entendimento...

Não duvidar do que não se conhece...

Por que só Deus tudo conhece, ninguém mais.

E se alguém o disser...

Diga-se que tal se reveste de blasfêmia!

O que tem sido feito do amor?

Do respeito pelo sentimento do outro?

Porque o amor é benigno e não se trata com leviandade...

Como disseram as escrituras por tantas cidades!!!

Vigiai todos e escutai as palavras do Senhor...

Para que não se as percam nas areias do deserto...

Por que senão a DEUS se conferiu a certeza do que é certo

Do verdadeiro e do que é justo...

Assim como ao seu filho amado, que com ELE está!!!

A ninguém, mais.

Escutai com compaixão e benevolência...

Para que se abram os horizontes

E não se tranquem boas almas

Em caixas de pedra.

Por que aqueles que disto sabem e assim o fazem

Destes sim será cobrado quanto à maledicência de seus erros.

Pobre de mim que assim falo, e assim escrevo...

Por que se a ciência do eu digo estiver contra o amor

E contra a verdade e a vontade de Deus...

Que Ele tenha compaixão de mim e perdoe os meus pecados,

Se eu for digna de sua misericórdia.

Mas eu prefiro errar por amar mais...

Os meus diferentes e os meus iguais....

Que amar de menos...

Por que prestarei conta destes feitos!!!

FILOSOFANDO

É nos momentos difíceis que as verdadeiras relações se revelam.

FILOSOFANDO

 O ser humano tem até de experimentar o amor para entender a dor da saudade, e aprender a valorizar a família e a amizade.

FILOSOFANDO

É cedo para compreender, mas tempo de confiar.

SILÊNCIO ENSURDECEDOR

Que esse silêncio sirva de som

Para quem quiser ouvi-lo!

Meu tormento gritante...

Sermão de cada instante...

Só eu posso senti-lo.

INSPIRAÇÃO

A fonte inesgotável da minha inspiração

Não vem do amor em si,

Mas da saudade.

Saudade que já senti

E ainda sinto,

E daquela que ainda me tomará.

É. Sinto saudades do futuro,

Pois me vejo feliz adiante.

Até lá existe um vazio,

Ao menos em parte.

Sinto saudades de lá,

Porque neste retorno

Encontro-me aqui.

Sinto saudades dos abraços

Dantes tão ensaiados.

Sim, dos de agora e dos de sempre.

Pois os (abraços) de amanhã

São mais calorosos,

E os de agora estão sempre contidos. 

Ah, quanta contenção!

Quanta abnegação!

Quanta falta de compreensão!

Quanta distância....

Ainda que eu esteja mais próxima

Do que agora se faria possível.

FENECER OU AMAR?

Por que, meu amor, se enganar?

Fingir ou correr?

Sentir que pode amar!

Fugir pra quê?

Se o fim da vida é morrer!

Não se pode mentir...

Não se deve sufocar...

O que escondemos sentir...

Fenecer ou amar?!

DESCOMEDIMENTO

Pensei que pudesse controlar meu coração;

Pensei que pudesse controlar minha mente;

Pensei que pudesse afastar pessoas inafastáveis.

Não posso dizer ao meu coração: não ame!

Não posso dizer à minha mente: me engane!

Não posso dizer às pessoas: faltem!

Meu coração não recebe ordens;

Minha mente não se engana;

E há pessoas que são mais Eu

Do que poderia imaginar em mim mesma,

Mais do que poderia ser!

As coisas nunca são exatamente como queremos.

Impulsos nem sempre são bons;

A distância imposta nem sempre distancia....

Que tempos são estes?

Por que temos que chorar de saudade,

Sentir o peito vazio e estreito?

Por que nem tudo é sempre tão escorreito?

Por que tento magoar pessoas para não tê-las comigo

Se assim as tenho a menos de um palmo?

Por que tento ser prática com algo que não se pratica?

Por que às vezes o ar se torna denso como as tempestades?

E de repente, em segundos, o mundo todo desaparece...

Desaba sob nossas abas....

E é só você quem me apetece!

TRISTEZA

 Minh’alma distante e aflita

No silêncio da noite

Chora e grita!

Minha fala calada

Densa e risonha.

Soluços rompidos...

Tristeza tamanha!

AMOR E CANÇÃO

O amor é uma grande parte

Que mistura poesia e arte

É luz que ilumina a escuridão

A um palmo, duas faces

Ou à imensidão.

É também cordeiro e fera

Solto em nossa esfera.

É encontro e perdição

Na vida... nas notas...

Ou nos versos da canção!

MARIA, MARIA

Maria, Maria, minha Mãe Maria

Livra o meu coração das tristezas

Remove as sombras que turvam o meu caminho

Segura a minha mão e conduz-me até onde haja sol

Porque contigo sou capaz de iluminar as trevas

De desprezar as mágoas...

De sorrir sem motivo

De olhar para o meu próximo

E enxergar suas necessidades.

Como pode haver tanto amor?

Tanta doação?E tantos corações trancados?

Que o teu manto de amor...

Aqueça-me no frio

Proteja-me do mal

Acalente o meu coração

Para que eu possa amar cada vez mais

E queixar cada vez menos.

Que haja espaço para o perdão

Colo para a ternura...

Espírito brando para o amor

Olhar para a compaixão

Humildade vinda d’alma.

Que haja tempo suficiente...

Para entender a mensagem...

E  plantar a semente.

SONETO DE SAUDADE IMENSA

Ah! Meu amor! Quem dera apenas eu

Amá-lo e tê-lo indefinida, infinitamente

Espera longa e descontente!!!

De tanto amar-te meu coração se perdeu!

Como resgatá-lo se minha vida se esgotou

Em versos, beijos e declarações de amor

Minha saudade é tanta que até se desbotou

Em momentos de espera e horas de desamor!

Meu pobre coração se refugia num pranto

Numa saudade que invade a alma

Numa fúria de te ter que não se resiste!

Na lembrança do teu ser, meu encanto

Fonte de desejo que só não se acalma,

Se inda pouco tenha de esperar, fico triste.

INVERSÃO

Eu tenho andado ... calada

Como palhaço que não ri

E quando  ri esconde sua alma que chora.

Eu tenho visto lutas, erguido bandeiras

Mas faltam guerreiros...

Falta ética, caráter e humanidade

Falta muito para o que deveria ser...

E sobra em demasia o que nem se deveria apenas ter.

O CORPO DA SUA PRESENÇA

Que seria a saudade?

Senão a dor de cada minuto

Que passei longe de você?

Saudade! Ah! Saudade!

Pesar em forma de tempo...

Vento que não se sente...

Sol que resfria...

Relógio que não mente.

Aperto que irradia

E faz da minha vida

Um conteúdo que se esvazia

E só se preenche...

No corpo da sua presença!

DESLUSTRE E SOL

Não vejo como lhe apagar da memória...

Pois quem fez parte de minha história

Não quer me deixar...

Nem me dar paz,

Atormenta-me com o seu tormento..

E num desalento...

Procura em vão o meu aconchego

Pois vivo agora  na aurora do desapego

E apesar do tempo passar...

É você quem não passa

Da sombra da minha vida.

Sem você aprendi a caminhar

Projetando-me para o sol

Deixando para trás o deslustre

Carregado de tristeza

Mas que hoje está mais distante que Veneza

Não pelo tempo perdido - pois não perdi -

Mas por cada minuto de felicidade...

Que ganhei sem você!!!

SONETO DE NOSTALGIA

Meu amor, as horas passam

Quanta solidão longe de você

Nossas vidas se entrelaçam

Vontade louca de te ter.

Meu grande amor! Eu te espero

Com as bênçãos de Deus

Tudo o que mais quero...

Tu és a luz dos olhos meus.

Saudade que não tem fim

Felicidade ínfima e vasta,

Bem que eu jamais trocaria.

Distância à toa que não basta

Teu amor, maior amor em mim...

Até mais do que eu podia.

DESABITAÇÃO

Oh! Deixe-me!

Deixe-me em meu repouso eterno

Na dor de minhas desventuranças;

Deixe-me só, culpar-me

Por me afastar da esperança.

Deixe-me em paz chorar

E lamentar  cada instante,

E que a beleza de cada sorriso

Não tente apagar o feísmo de meu semblante.

Deixe-me contemplar o que tanto amo:

O infinito céu iluminado pelas estrelas;

E que a escuridão de cada dia,

Que ora se irradia...

Sob os véus da noite possa acendê-las.

Deixe-me tocar-te mais

Uma só vez...

E consumir teu último suspiro.

A Terra te aspira...

Meu amor que padece

Luz que não brilha

Meus dias enaltece.

Tu que sentiste minha força

De amor, única

Bem sabes que meu amor foi estrela,

Sempre brilhou.

E se encantou pelo cometa

Que enquanto pode viajou

Mas que se apagou

Porque a luz foi passageira.

UM BEIJO DE AMOR

Teus olhos de noites marejados

Me hipnotizando...

E a me encantar....

E eu quase fraquejando

Vontade louca de te amar.

Aquele beijo tão suave...

Teu jeito de me abraçar....

Sentia-me como pássaro...

No azul do céu a voar!

FILOSOFANDO

O silêncio às vezes é necessário pois, em muitos casos, é o único capaz de gritar com eficiência!

POETISANDO

Se a tristeza bateu...
Se o amor não morreu...
Pouco importa...
Um novo poema nasceu!

SONETO DE TERNURA

Meu amor eu te persigo...

Sou cativa do teu coração

Amor maior que eu não consigo

Dominar pela razão.

Sou escrava da tua ternura

Sou amante dos olhos teus,

Se me afagas com brandura

Sou só tua e você só meu.

Essa distância desconcertada

Faz nosso amor mais avivente

É alimento do nosso desejo

É uma febre enamorada

É dor que não se sente

Pois eu saro quando te vejo!

TORRINHA

Somos todos bem nascidos!

Pura e cristalina nascente.

Apresento-lhes a nossa terra:

É Torrinha o grande presente.

Essas matas verdejantes,

Esse céu azul anil...

Torrinha é uma pérola!

No imenso mar do meu Brasil!

As cascatas que se exaltam

Explodem e mínguam

Mas não se revoltam

E sim se jogam ao ar

Gotas celestes saem a bailar.

Tantos campos, altas serras

Óh! Países! Quem puderas!

Tiveras tão lindas eras,

Mas a mais linda...

É de minha terra.