Total Pageviews

Saturday, October 26, 2013

A COR DA MINHA SAUDADE

Sim, eu tinha razão, e o tempo todo. Quantas razões desarrazoadas; quantas noções desacompanhadas! Quanto mais terei que sentir o frio da noite? Porque as noites ainda me são tão dormentes?! Tão cálidas?!

Que será melhor: sentir o frio do céu abandonado, sabendo-o desolador, ou fingir que a noite não existe e que ela não me assusta, quando a tua presença é que me falta? Será que o meu Eu que não me pertence me deixaria enganar?

Porque não consigo ver espelhos diante da porta d’álma do meu amado, mas abismos? Sim. Vejo neles todos os abismos do mundo: descontrole, paixão, flores, sol, tempestades, e porque não dizer alguns invernos?

Só não sei se os invernos que vejo são aqueles que já se passaram, ou se aquela triste estação foi a única coisa que fui capaz de enxergar esse tempo todo: a distância. Não a distância terna, porque esta nunca existiu, mas a distância espiral. Somos seres completamente perdidos, entregues e entorpecidos. Quem sabe?

Os segundos se passam e as estrelas ficam cada vez mais distantes. Sinto-as resfriando. A escuridão permeia o céu.  Há um lastro de nebulosa pávido ofuscando o sítio sombrio da noite! Branca é a cor da minha saudade. Meu coração carece de cores, porque as que tenho não me pertencem, estão comigo para presentear, apenas para presentear.

Friday, October 11, 2013

VENDA

Venda, renda-se!
“Vende-se venda”.
Venda, renda-se!
Mova-se da tenda!
Tenda: renda-se!
Movam-se as vendas!
Vendas, tendas...
A luz é mais forte.
O vento é maior.
Vente-se...
Tente-se...
O céu é melhor!!!